O rosto sereno reflete um dia ordinário
café, trabalho, almoço, trabalho, descanso.
mergulha-se no rotineiro quando a mente está em paz.
quem já sofreu na alma sabe:
até conversa corriqueira vira esforço voraz.
Seguindo o bordão, eu também repito:
“Lembro-me do dia em que orei pelo que tenho hoje”
Não falo de coisas, nem de experiências
falo de paz. Sim, eu tenho paz.
A mente agitada deu lugar à contemplação
Os pássaros e as cores me divertem
Os vejo e penso que, por hoje,
valeu a pena viver.
Minhas memórias não me ferem mais
elas foram remediadas dando lugar a novos ideais.
Às vezes serei vulnerável, não tenho opção
A caminhada é mais palpável quando entendo minha condição.
Não vivo à mercê do vivido
Olha as cicatrizes como memorial:
“O lugar da quebra e de ser polido”
Falo com graça, não mais sentindo fel
Posso até rir sozinho dizendo:
“Hoje a minha vitória tem sabor de mel” rs