Faz parte do gracejo de andar nesse caminho, amar com consciência pra o crescimento do ninho.
Ouça atentamente a sabedoria que se encontra em quem com alegria escolheu amar somente.
Passarinho se casou com a dona passarinha; bonitinha, jeitosinha, um gracejo, uma flor.
Voaram por Ipês, Oliveiras e Roseiras. Embriagaram-se nas cores, gostos e perfumes.
Num pouso suave e longo apareceram os filhotes. Pelados e famintos, berrando a canção do horror.
É verdade que, sendo filhote, não se entende a doçura do bico cheio que chega voando leve na brisa transformando tristeza em amor.
O ninho agora se alegra, pois há cores e sons concertando na orquestra mais bela, que nasceu da coragem de quem voou sabendo onde pousar.
Passarinho canta bonito como um lápis na mãos do criativo escritor. Os dois descobriram que andar de mãos – asas – dadas é melhor que voaminhar em dor.
Publicado por Lívia Castro de Almeida